O
Coletivo surgiu a partir de uma inquietação mútua dos integrantes pela falta de
espaço presente no seu bairro e regiões vizinhas para vivências artísticas e
socioculturais. Na cidade de São Paulo, os polos de cultura se encontram
afastados de boa parte da sociedade, uma vez que é preciso cruzar a cidade para
ir ao teatro, às salas de concerto, museus e espaços culturais. Sem contar no
vazio que encontramos quando o assunto é cursos livres e oficinas para os residentes
do bairro.
O
fato é que a arte deve ser democrática e o Coletivo quer trazer para seu bairro
e entorno, a possibilidade de sentir, experimentar e vivenciar a arte.
A
arte e a educação são o caminho escolhido pelo grupo para ser agente transformador
e multiplicador na sociedade, modificando o indivíduo e o meio que o cerca.
Buscando
colocar em prática o projeto “Meu bairro também quer arte” o Coletivo está a
trilhar um caminho que anseia fomentar e provocar no bairro e regiões
adjacentes a presença da arte. Seja com cortejos, performances, apresentações,
intervenções ou qualquer forma de manifesto artístico cultural, o Coletivo
Apoena está incutindo uma fricção dos moradores com a arte e da arte com os
moradores.
O
Apoena, como seu próprio nome diz, acredita que por mais que seja uma
iniciativa que colherá frutos em longo prazo, vale à pena investir, pois
enxerga a arte e a educação disseminadas no bairro e regiões vizinhas, contribuindo
para uma evolução da consciência do ser cidadão/humano, e por sua vez trazendo
melhorias aos contaminados artisticamente.
"É
um grito na leste, um grito inquieto, um grito dissonante, um grito que está
cheio de esperança em meio a uma imensidão cinza e abandonada, em que o
indivíduo é tratado como massa e onde os homens são separados pelo seu nível
social e financeiro, numa cidade de um país onde poucos têm muito e muitos têm
quase nada." (Coletivo Apoena)
Que a inquietude esteja sempre presente movendo o ser humano em busca do novo e de melhorias sempre!
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